sábado, 18 de julho de 2009

Bendito seja o cinema nacional!

O cinema nacional nunca esteve tão afiado quanto nos últimos anos. Arrisco dizer que desde o auê todo em torno de Tropa de Elite nunca via tanto vigor e olhos nas produções nacionais. Recentemente e finalmente resolvi assistir a estes dois grandes hits brasileiros, que mostram a riqueza das atuações de nossos artistas, que precisam sempre ser valorizados, ao invés de ficarmos sempre babando ovo apenas para o que vem de fora. Cinema nacional é isso - quase sempre simplicidade e diversão, e quando o tema é sério conseguir prender a atenção e manter a tensão do expectador.
Divã traz como grande trunfo a atuação sempre admirável de Lília Cabral, que sempre me surpreende pelo seu jeito leve e natural de atuar, mostrando prazer no que está fazendo. Às vezes até pode assustar numa impressão de exagero (vide a Catarina da novela), mas vê só ela conversando com o psicólogo, depois rindo que nem uma doida no carro fumando um baseado com o Gianechinni... dá gosto de ver, você nem consegue se segurar e ri junto. Até porque o filme passa 98% do tempo na comédia, nas boas tiradas da ótima Alexandra Ritcher (a Mônica), na atuação sóbria mas feliz de José Mayer, enfim, mas no final... bem, não quero dar uma de spoiler, mas no fim dá quase vontade de chorar... e nem é de rir... aí Lília ainda consegue comover, do mesmo jeito oposto, quando fez a gente rir e muito. Passando pelas atuações "normais e apenas para encantar as meninas" de Gianechinni e Reymond, Divã é um filmaço, assim mesmo, com sua básica pretensão de fazer rir e se emocionar. Serve também de conselho para as mulheres que não aproveitam a vida depois de certa idade, aí fica a lição!

Se Eu Fosse Você 2 segue a trilha deixada pelo sucesso do primeiro. Dizem que o primeiro foi melhor, você ria em todas as cenas quase, mas isso é normal. Normal porque o primeiro filme é o experimento, a novidade, feito para ver se vai conquistar mesmo o público; aí, quando vem o segundo, a coisa fica mais rebuscada, de certa forma até mais pensada, e ganha mais sobriedade e um pouco menos de graça. Particularmente eu ri igual nos dois, e destaco Tony Pires, digo, Tony Ramos como o grande responsável pela graça-mór do filme. Glória tem seus méritos, mas nota-se que as atenções vão mais para ele, porque Tony precisa manter um tom de feminilidade sem parecer apenas um gay, mas sim uma mulher no corpo do mar-de-pêlos. Aí vêm as cenas do futebol (de mijar de rir), a cena da academia (o mais engraçado é ele sendo cantado pelo professor, vivido por Carlos Bonow - chamar Tony Ramos de Urso é fogo hein, o bicho nem é tão peludo quanto o ator...), a depilação (que faltou aquele gritinho do trailer...rsrs), enfim, quase tudo que ele fazia tinha muita graça. Já Glória precisava "apenas" ser uma mulher mais brava, com o homem no corpo..hehe.. mas mesmo assim ela consegue segurar a peteca na sua parte, não tem como negar. Ainda achei demais a atuação da bela e gracinha Isabelle Drummond, que já mostra o corpitcho e tudo - cresceu a Emília!!. Adriane Galisteu e Vivianne Pasmanter apenas fazem suas atuações básicas, Cássio Gabus sempre mandando bem, Marcos Paulo sempre com seu jeito turrão de ser, tudo isso faz do filme mais um filmaço, ante sua proposta.
Duas jóias do nosso cinema para relaxar e se divertir, pensando que um dia ainda chegaremos a produções dignas de um Oscar.
Em breve espero já postar sobre outro filmaço, Mulher Invisível, mais comentado que os dois juntos quase!!

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